O que deve fazer assim que recebe o seu salário, para uma vida financeira mais confortável.
Ter uma almofada financeira é essencial para ter uma vida mais descansada. Seja para assegurar o seu futuro como também fazer face a despesas inesperadas e, claro, realizar alguns sonhos, a poupança é muito importante. Para isso, é aconselhável que se organize de forma a conseguir por algum dinheiro de parte todos os meses.
E se pensa que não consegue poupar porque chega ao final do mês e quase não sobra dinheiro do seu ordenado, saiba que deve pensar de forma contrária. Uma das principais regras da poupança é pagar-se a si mesmo em primeiro lugar. E o que quer isto dizer? A poupança deve ser feita assim que recebe o seu salário, ou seja, assim que recebe deve logo colocar uma parcela de parte.
1. Destinar uma percentagem para a poupança
Ao colocar de parte o montante que pretende poupar logo no início de mês, deixa logo de contar com esse valor daí para a frente. Desta forma, fortalece a sua poupança e torna-se mais fácil evitar gastos desnecessários.
Para facilitar este processo e para que não se esqueça deste compromisso, pode recorrer às transferências automáticas. Agende a transferência automática no início do mês da sua conta à ordem para outra conta destinada à poupança.
Pode fazê-lo através do seu homebanking, onde pode definir qual o montante a transferir e ir gerindo as suas poupanças.
Esta é dica vai evitar que chegue ao final do mês com a sensação de que não consegue poupar.
2. Definir um valor para despesas fixas
Entre luz, água, telecomunicações, renda ou alimentação, são várias as despesas fixas que tocam à porta todos os meses. Assim que recebe o seu salário, deve reservar uma parte destinada a pagar os gastos fixos do mês.
Como as datas de pagamento de algumas destas faturas podem não coincidir, ao reservar parte do salário como este destino, vai permitir uma gestão mais realista do seu orçamento mensal.
3. Não esquecer de orçamentar o lazer e os sonhos
Também é importante usar o seu dinheiro para fazer coisas de que gosta e que lhe dão prazer e não apenas para pagar contas. Seja ir ao cinema, viajar, comprar uma peça de roupa ou fazer outra atividade, deve definir um montante destinado a pequenos prazeres.
As poupanças não servem apenas para fazer face a situações de emergência. Ter uma almofada financeira é essencial para acautelar imprevistos, mas também pode ter várias poupanças com objetivos diferentes: comprar um carro ou fazer a viagem dos seus sonhos por exemplo.
A regra dos 50-30-20
O ideal é poupar o máximo possível para que tenha uma vida financeira mais tranquila. No entanto, existem vários fatores a ter em conta, como o rendimento líquido e as despesas fixas mensais.
Alguns especialistas em finanças pessoais sugerem colocar de parte 20% do seu salário para a poupança mensal. Segundo a regra dos 50-30-20, a ideia é usar metade do montante para as despesas básicas, 30% para gastos indiscriminados e 20% para uma poupança mensal fixa.
Se esta percentagem faz com que as suas finanças pessoais fiquem desequilibradas, deve definir qual é o valor mais confortável para si. O importante é poupar algum dinheiro, mesmo que seja 10%, 5% ou mesmo 1% do seu salário.
E o raciocínio inverso também é válido: se tiver mais folga orçamental, aumente a percentagem a alocar à poupança.
Sabe ao certo quanto recebe ao final do mês?
Sabe o valor exato que cai na sua conta bancária ao final do mês? É muito comum falar-se em salário bruto ou salário base, mas estes conceitos não espelham a realidade sobre o dinheiro que tem disponível. Saber exatamente qual é o seu o salário líquido é essencial para fazer o orçamento familiar e, assim, gerir melhor as suas despesas e poupanças.
O salário líquido é a remuneração que recebe depois de terem sido feitos os descontos para a Segurança Social e de IRS.
Texto originalmente publicado em www.dinheirovivo.pt